terça-feira, 27 de setembro de 2016

Tonari no Kaibutsu-kun

Tonari no Kaibutsu-kun é um anime e mangá shoujo, também conhecido como My Little Monster, super fofo e engraçado! Basicamente, conta a história de uma menina, Shizuku Mizutani, que não se importa ou se interessa em absolutamente nada, apenas em seus estudos; não tem amigos ou uma vida sem ser estudar e estudar. 
Em certo dia, sua professora pede para que ela leve lições para Haru Yoshida, um garoto briguento que fora suspenso na escola por se meter em briga com veteranos, mesmo não querendo, é obrigada a levar. Então, após a entregar as lições, o garoto, Haru, começa a "segui-lá", ou seja, começa a andar com ela, a atrapalhar e a importunar.



 A partir dai, nasce uma amizade entre um garoto problemático e uma garota fria e calculista. E mais duas pessoas entram nessa "roda de amizade", Natsume e Sasahara (prefere ser chamado de Sasayan). Natsume pede ajuda de Shizuku nos estudos, pois não poderia ficar de recuperação, se ficasse não iria à um encontro com seus amigos virtuais; fria como sempre, Shizuku nega a ajudá-la, então Haru, que todos até então pensavam que era apenas mais um garoto burro na escola, se oferece para ajudá-la. Pouco depois, Shizuku descobre que, mesmo sem se esforçar, Haru era até melhor do que ela nos estudos, então começa a se empenhar ainda mais. Sasayan aparece conversando com Shizuku sobre Haru, que estudou com ele no fundamental (por acaso, o garoto ficara em ir à escola por mais confusões). Ah, sem falar de Nagoya, um galo que Haru achou e o nomeou, e começou a tratá-lo como um bichinho de estimação (no final de cada episódio ele aparece em um ninho com as vozes dos personagens conversando). O único problema é: Haru e Shizuku, por mais que sejam completamente diferentes, se amam, e no final acabam que não ficam juntos (pelo menos no anime) ;-;

Bem, até o fim do anime, porções de coisas acontecem. Uma garota de outra sala, mais precisamente, a representante, Chizuru, se apaixona por Haru, que a defende quando uns garotos e garotas estão implicando com ela. Também tem Kenji, um garoto empenhado nos estudos que frequenta o mesmo cursinho que Shizuku e é amigo de Haru, também é encrenqueiro (arruma confusão por aí e seus amigos que resolvem - na pancadaria- e fica apenas observando), se apaixona por Shizuku. Haru, ao descobrir, torna-se bastante ciumento (tão kawaii). 
Enfim, é super fofo e eu recomendo. Ah! Também há um O.V.A super legal: Tonari no Gokudou-kun. São com os mesmos personagens (óbvio), porém séculos atrás e com dois grupos rivais, os líderes desses grupos são: um é Shizuku, outro Haru. Eles começam a se encontrar na margem de um rio (sem saber que são líderes de grupos rivais) e então se apaixonam; até descobrirem que são rivais.
Também tem coisa de doce proibido, tráfico de doce, galinhas alienígenas (que roubam Haru devido o fato de ele ser o rei do planeta das galinhas, mas ele volta em menos de cinco minutos) e o melhor... (pelo menos no O.V.A Tonari no Gokudou-kun) ELES FICAM JUNTOS!!!

Fiquem com esse lindo sorriso do Haru e até logo!




quinta-feira, 22 de setembro de 2016

De cabeça para baixo, capítulo 10

- M-mas...o que?- perguntei assustada com a informação.
- O que você ouviu: a ambulância de Tyler foi roubada- Matt respondeu.
- Meus Deus...- eu suspirei fechando os olhos- Primeiro o corpo de Jorge é roubado, agora o de Tyler...? Precisamos achar Adelle, ou ela não irá parar!
- Certo...vá a minha casa, bem discretamente- Matt falou com a voz agitada- Não tenho certeza se Missie irá...ela está...
- Eu, com toda a certeza irei!- ouvi a voz de Missie pelo celular.
- Então nos encontre lá daqui duas horas- Matt falou, então desligou o celular. Ao chegar no abrigo, Joguei minha mochila em um canto e deitei-me em minha cama, organizando os pensamentos embaralhados desses últimos dias malucos. Acabei adormecendo como se nada de ruim estivesse acontecendo e deixei-me entrar no mundos dos sonhos. Acordei com o meu celular tocando, pensei duas, ou melhor, dez vezes antes de atendê-lo; resolvi ver quem era o ser que estava me ligando e li na tela: "Matt".
- Oi?- eu perguntei com a voz sonolenta.
- Estava dormindo?- perguntou Matt.
- Sim- eu falei levantando-me- Já deu a hora?
- Sim- ele falou- Quer que eu vá lhe buscar?
- Não, valeu- eu falei saindo de meu alojamento e o trancando- Já estou indo, me esperem.
Desliguei o celular e o coloquei em meu bolso movendo-me automaticamente pelos corredores. Ao sair, senti uma sensação horrível de que estava sendo observada, olhei em volta assustada, mas tudo o que via era algumas pessoas caminhando em suas vidas normais e monótonas. Dei um leve sorriso ao perceber o quanto eu, antes, reclamava de nada novo acontecer em minha vida, bem, agora aconteceu. Depois de uns minutos de caminhada, avistei a casa de Matt, e ao lado, a minha. Um sentimento de tristeza passou pelo me coração, lembrei de Jorge. Mal fez um mês desde que nos mudamos, e aconteceu aquela terrível tragédia. Caminhei para a varanda de Matt e toquei a campainha, imediatamente, ele apareceu com um expressão séria, porém fria.
- Bem, estou aqui- eu falei olhando para o chão.
- Entre- ele falou saindo de frente da porta e deixando que entrasse- Bem, temos uma pessoas a mais em nosso plano.
- Olá- uma mulher alta com cabelos ondulados e castanhos falou.
- Essa é Marie, mãe de Tyler- Carl falou olhando para mim. Ao olhar para a mulher novamente, notei o quanto era parecida com Tyler: os cabelos e cor de pele eram muito parecidos, exceto o fato dos cabelos serem longos e seus olhos serem verdes e não castanhos, como o de seu filho.
- O-olá- eu falei meio sem jeito- P-prazer em conhecê-la senhora...
- Marie, chame-me de Marie, apenas- ela falou com a expressão carregada de raiva, porém sua voz saia calma.
- Sinto muito por sua perda e...- eu falei, engasgando no meio da frase.
- Você não tem nada a se desculpar, ou foi você que o matou?- Marie falou, o jeito em como ela proferiu aquela palavras soou um tanto desconfortável. Balancei a cabeça negativamente- Ao invés de ficarmos sentados chorando por algo assim, devemos evitar que um acontecimento desses aconteça com uma próxima pessoa, não é mesmo, Ally?
- Sim...- eu murmurei.
- Matt contou-me tudo o que aconteceu- ela falou cruzando os braços, notei como seus olhos estavam inchados- Os bilhetes, mensagens e ligações que você tem recebido. Iremos reunir tudo isto e tentar fazer uma ligação com o esconderijo de Adelle, ou qualquer pessoa que possa ter alguma relação com ela. Iremos capturá-la, não importa o que acontecer, e dependendo do caso, não hesitarei em matá-la-
Internamente, dei um belo sorriso. Ela buscava o mesmo que eu: vingança. Gostei de Marie.
- Quero saber se vocês estão de acordo- ela perguntou olhando para cada um de nós.
- Sim- eu fui a primeira a responder. Em seguida, Matt e Carl responderam em uníssono. Depois de um tempo, Missie acenou a cabeça afirmativamente.
- Ótimo- Marie falou sorrindo, como se tivesse ganhado um troféu- Sabem quem ensinou Tyler a hackear? Bem, fui eu. Eu e meu marido trabalhávamos para o governo, agora apenas sou uma mulher desempegada, viúva e sem o filho e que está louca para descontar em alguém.
" Ally, entregue-me todos os bilhetes que Adelle lhe enviou, e deixe-me olhar os números que Adelle usou para ligar para você, assim como ligações, e-mails, qualquer coisa"
- Certo- eu falei desbloqueando meu celular e entregando para Marie. Peguei os dois bilhetes que, por sorte, estavam no bolso de minha calça e entreguei para ela- Isso é tudo.
- Mais do que o suficiente- ela respondeu pegando sua bolsa no sofá e tirando um notebook de lá- Temos que, primeiro, dar um jeito de nos comunicarmos sem que essa mulher saiba o que estamos planejando.
- Podemos "esbarrar" acidentalmente na rua de vez em quando e trocar bilhetes- eu arrisquei- Assim com eu, Matt, Carl e Missie podemos fazer "trabalhos escolares" juntos.
- Perfeito- ela respondeu olhando as mensagens e números em meu celular- Mas com o tempo pode parecer suspeito. Então, faremos isso literalmente de vez em quando.
  - Sim. Há chances de você hackear a localização dela, certo?- perguntei com a voz mais firme que pudesse fazer.
  - Mas é claro- falou Marie digitando rapidamente e usando algum aplicativo ou seja lá o que for, próprio para isso- Bem, vocês mencionaram de Agnes, filha dela, certo? Iremos começar por essa... garotinha. Quero o número de celular dela.
  - Aqui está- Matt falou entregando seu celular com o número de Agnes já na tela.
  - Perfeito...- murmurou Marie, mais para si mesmo do que para nós. Depois de cinco minutos sob alta pressão, Marie estralou os dedos, notei que o modo como agia era mais parecido com o de um adolescente, como o de uma mulher de quase cinquenta anos de idade.
  - Conseguiu algo?- perguntou Carl, esperançoso.
  - Consegui identificar a localização de Agnes, quero dizer, é seu celular, mas vocês jovem de hoje em dia andam com esse troço de um lado para o outro!
  - Tá, e então?- perguntou Matt, um pouco mais arrogante do que pretendia, percebi.
  - Ela está...- Marie falou ansiosa olhando para a tela do notebook- Nesta sala!
  - O quê?!- Missie falou surpresa.
  - Ande, liguem para o celular dela!- Marie ordenou. Matt pegou seu celular que estava com Marie e ligou para Agnes. Não passaram dez segundos e ouvimos o toque de seu celular: uma música clássica, somente ao som de piano, mas dava uma sensação horrível em seu coração, como se fosse para lhe deixar triste, depressivo e ao mesmo tempo com medo. O som, pelo o que ouvi, estava vindo da bolsa de Missie.
  - Mas o quê?- murmurou indo em direção a sua bolsa e pegando o celular. Na tela estava escrito "Missy". Apertou o botão de desligar o celular e, neste mesmo momento, de dentro do celular, mais precisamente da câmera frontal, saiu uma agulha da finura do celular e perfurou o pescoço de Missie. Soltei um grito com o susto que levei. Marie saiu do sofá imediatamente e foi até Missie, Carl entrou em desespero e foi até a namorada, também. Ouvi o som da impressora, ela estava no canto da sala, ao lado de um computador, e vi uma folha saindo de lá, caminhei até lá e peguei o papel.
  "Parece que o trabalho terá de ser mais discreto e eficiente! Hahahaha!
  1-1. Quais ama"
  Dei um longo suspiro e fui até Missie, para saber se estava viva ou não.
   - Precisamos chamar uma ambulância!- exclamei assustada com o fato de algo tão frágil ter matado Missie. E de ter saído de um lugar tão improvável.
  - E como iremos explicar o que aconteceu? Que uma agulha saiu da câmera de um celular e acertou a garganta de Missie?!- Marie falou irritada- Não acredito que ela descobriu...
  - Missie...Missie...- Carl murmurava entre soluços, fazendo com que suas lágrimas caíssem no rosto já morto de Missie. Meu olhos encheram-se de lágrimas. Estava triste. Por mais que não a conhecesse muito bem, sabia que era uma boa garota. E agora ela estava morta. Assim como Jorge e Tyler. Uma lágrima escorreu pelo meu rosto, apressei para que a limpasse e dei um longo suspiro, tentando me acalmar. Ouvi o som de uma mensagem. Olhei para o celular que estava jogado no chão. Peguei-o sem hesitar e li a mensagem. Número desconhecido.
  Número desconhecido: Não precisará mais se preocupar com o corpo.
  Senti uma enorme raiva de Adelle, senti vontade de atravessar o celular e a matar. Nunca sentira tando ódio na minha vida quanto sentia de Adelle. Uma completa vadia. Pensei em responder, mas deixei quieto. Coloquei o celular no chão e cobri meu rosto com as mãos, pensando em qual seria seu próximo alvo, quando e onde. Então ouvi um barulho, três "bips" seguidos, com uma pausa de três segundos a cada "bip". Contei mais dez, com uma pausa de milésimos. Então ouvi um longo "bip" que durou dez segundos. O celular explodiu. Isso mesmo que você está lendo. Ele explodiu. Não aquela explosão devastadora. Mas uma pequenina explosão, que fez com que uma fumaça preta se espalhasse por todo local. Ao respirar a fumaça pela primeira vez, senti meus pulmões queimando, minha garganta ardia e queimava, como se alguém tivesse me obrigado a tomar lava. Senti meus órgãos doendo, uma dor insuportável. Caí no chão devido o fato de meus músculos começarem a ficar fracos. Comecei a tossir como uma pessoa com tuberculose, mas saia sangue da minha boca, e  não fazia a mínima ideia do que havia inspirado. Olhei em volta, mas não via nada, estava tudo preto. Tentava ouvir alguma coisa, mas era como se estivesse surda. Meu corpo voltou ao normal, mas eu fiquei com sono. Um sono fora do normal, minhas pálpebras se fecharam rapidamente, e adormeci.
  Pareci que dormira por dias, mas ao acordar, estava no mesmo local, na sala da casa de Matt. Olhei em volta e todos estavam adormecidos ainda. Levantei-me e olhei pela janela, ainda estava escuro. Fechei meus olhos e os abri novamente, olhei para o chão e consegui distinguir o corpo de Matt, Carl e Marie. Porém o corpo de Missie não estava lá. Apertei os olhos e olhei novamente para onde, antes, o corpo morto de Missie estava; realmente, ela não estava lá.
  Porém havia um bilhete amarelo. Andei até lá e peguei o bilhete: "1-1. Quais ama", no verso: "Tic Tac". Era o segundo bilhete. O que aquilo significava?. Olhei em volta pelo que parecia vigésima vez e comecei a tentar acordar os outros. Primeiro tentei acordar Matt.
  - Ei, Matt? Acorda!- falei balançando o garoto. Este, abriu os olhos lentamente, fechou-os novamente e em seguida os abriu novamente.
  - Hã?- murmurou levantando-se e massageando sua cabeça.
  - Você está bem?- perguntei.
  - Sim, mas... o que diabos aconteceu?- perguntou confuso e olhando em volta.
  - Acho que Adelle entrou aqui e roubou o corpo de Missie e... olhe o bilhete que ela deixou- falei entregando-lhe o bilhete.
  - Tic Tac?- ele murmurou dando um longo suspiro- O que significa?
  - Sem ideias- falei olhando para o chão.
  - Ei, ajude-me a acordar os outros... - murmurou, agora sua voz estava triste. Vi seu olhar direcionando-se ao lugar em que o corpo de Missie estava.
  - Carl, Marie, acordem, andem- Matt falou balançando os dois. Não passou um minuto e ambos acordaram, também perguntando o que houve. Depois de Matt explicar, Carl olhou para onde estava Missie e foi até lá, desesperado. Apertou os lábios e lágrimas começaram a sair de seus olhos. Tentei falar alguma coisa confortante, mas o que poderia confortá-lo apos uma perda? Nada.
  - Olhe, a gente poderia... - tentei falar.
  - O quê? Chamar a polícia?- perguntou Marie- Não é o tipo de trabalho que ela conseguiria resolver.
  - Como assim?- perguntei, curiosa. Marie calou-se, ouvíamos apenas a voz de Matt tentando acalmar Carl, que estava completamente acabado e triste- Preciso de ar- murmurei, na verdade, apenas não queria ficar ali, naquele momento triste e depressivo, estava cansada de momentos assim. Ao abrir a porta, vi água ao invés da varanda da casa, porém era tarde de mais para notar aquilo, pois já havia caído dentro da água. Nadei até a superfície e olhei em volta. Nada da rua em que morava antes, muito menos Hilston. Quero dizer, em Hilston não há selvas, há?
  Eu apenas via árvores para todo lado, e em minha volta, um enorme lago. Olhei para trás e a casa estava lá, porém era como um ilha no meio de toda aquela água. Estava tudo muito confuso. Ouvi movimentos na água um pouco mais adiante de mim, ao olhar para a direção do barulho, vi um... um... crocodilo? Isso, um crocodilo nadando rapidamente em minha direção.
  - Ai meu Deus!- gritei apoiando-me no chão da casa e começando a me levantar. Ao sair completamente da água, fechei a porta com um estrondo e encostei-me nela, como se o crocodilo fosse abrir a porta.
  - Ally? O que houve?- perguntou Marie correndo em minha direção.
  - Eu não sei!- exclamei- P-parece que... que estamos em uma selva ou sei lá o quê!
  - Hã?- perguntou olhando-me de cima a baixo, provavelmente estava confusa devido o fato de eu estar encharcada. Viu meu corpo molhado e caminhou até a janela, ao olhar, seu queixo caiu. Matt foi até nós e, ao olhar a janela, também surpreendeu-se- Acho que estamos presos em uma selva.